domingo, 31 de julho de 2011

14/08/11> SALVE O DIA DOS PAIS! Respeitá-los, dar carinho, todos os dias, depende de você
Como o dia dos Pais, [comercial] está se aproximando.
Se você agora é filho, e pertence ao grupo citado pelo Walcyr, ainda a tempo de reconsiderar suas atitudes, em todos os dias do ano.
Não deixe, para entrar em depressão, [como muitas pessoas que conheci nesses meus 67 anos] depois que seus pais passaram para o lado de lá.
Lamentando-se por não terem dado em vida o carinho que eles mereciam.
Não importa o pai ou mãe que você tenha.
Dia do Pai e da Mãe, são todos os dias.
Não deixe seu PAI, ou MÃE à margem da ternura do prazer e alegria, em VIDA.
Depois não se lamente.
De minha parte, para reflexão, incluo esse som:
IRA - Dias de Luta
http://www.youtube.com/watch?v=unaQNUCWATw
x.x.x.x.x.x.x.
O texto abaixo, de Walcyr Carrasco, foi publicado na Veja São Paulo, em 27/07/11, página 154.
Integrante da Revista Veja, edição 2227.
Uma das revistas brasileiras que não tem o rabo preso com o Governo, rs.
x.x.x.x.x.x.x.
O texto do Walcyr:
A sogra de um amigo começou a ter pequenos lapsos de memória.
Em seis meses, sua condição decaiu bastante.
Não se lembra de fatos corriqueiros.
E com freqüência diz verdades que a família preferia silenciar.
-Você sabia que seu primo não é filho do marido da minha irmã?
Nem o pai sabe, mas na época ela me contou.
Meu amigo perguntou:
-Na sua opinião, o que a gente deve fazer?
Respondi simplesmente:
- Cuidar dela.
Ele reagiu com surpresa:
- Nós não vamos suportar!
Eu me espanto sempre com o espanto.
Fui educado por meus pais.
Gostaria de ter tido mais dinheiro, quando eles eram vivos, para lhes oferecer uma condição melhor.
Ou confortos que não chegaram a ter.
Mas eu e meus irmãos conseguimos no mínimo o necessário:
Um bom plano médico e, quando a aposentadoria minguou devido aos reajustes menores, uma complementação de renda.
Quando criança, eu precisava do apoio de meus pais.
Quando envelheceram, precisaram do meu.
Em maior ou menor medida, para todos nós é assim.
Então, por que a dúvida?
Eu observo que muitos conhecidos meus não aceitam a fragilidade dos pais.
Ou põem em primeiro lugar seus próprios desejos.
Em vez de companheiros, tornam-se inimigos.

Outro dia vi uma amiga atender o celular irritada.
- É minha mãe. Tem um problema atrás do outro!
Concordo: na velhice, muita gente se torna mais difícil.
Ranzinza.
Às vezes com problemas mentais, como a sogra de meu amigo.
Ou simplesmente solitária.
Exigem mais.
Reclamam.
Mas quando eu era bebê não gritava pedindo para mamar?
Não atormentava meus pais de noite?
Na vida moderna, a gente aprende que é preciso ter sucesso.
Dinheiro.
E, na luta pelo tal sucesso, muitas vezes a gente se esquece do amor.
Como sentir-se bem se a mãe ou o pai está sozinho em algum lugar, com dificuldades? Entre a ida ao shopping e o programa da noite, não é possível ao menos uma visitinha? Se necessário, morar junto, dividir o espaço, mesmo com dificuldades de relacionamento?
Ou a palavra “solidariedade” perdeu o sentido?
Sou um tipo meio fatalista.
Acho que a vida dá voltas.
Um amigo se casou com uma mulher egoísta.
Filho único, de mãe separada e sem pensão.
Durante algum tempo, a mãe foi sustentada por um tio solteirão.
Quando este faleceu, começaram as brigas domésticas: a mulher não admitia que meu amigo desse dinheiro à mãe.
Era um rapaz de classe média.
Durante algum tempo, arrumou trabalhos extras para ajudar a idosa.
Convencido pela esposa, mudou-se para longe.
Visitava a mãe uma vez por ano. Para se livrar da questão financeira, ele a convenceu a vender o apartamento.
Durante alguns anos, a mãe viveu desse dinheiro.
Muitas vezes lamentando a falta do filho, mas o que fazer?
Ele sempre tão ocupado, viajando pelo mundo todo, não tinha tempo disponível.
Na casa da mãe, faltou até o essencial.
E ela faleceu sozinha.
O tempo passou.
Hoje esse mesmo amigo, outrora um profissional disputado, está desempregado.
Foi obrigado a se instalar com a família na casa dos sogros, onde é atormentado diariamente.
A filha cresceu e saiu de casa.
Quer seguir seu próprio rumo!
Meu amigo não tem renda, nem bens.
Está quase se divorciando.
Ficou fora do mercado de trabalho.
O que vai acontecer?
A filha cuidará dele?
Tenho dúvidas, porque ele não a ensinou com seu próprio exemplo.
Pode parecer piegas.
Mas acho que a vida é um eterno ciclo afetivo.
Em uma época, todos nós somos filhos.
Em outra, nos tornamos pais.
É nossa vez de cuidar de quem cuidou de nós.
x.x.x.x.x.x.x.
Com cópia ao meu blog/arquivo, comunidade do Orkut com 119.000 membros, Kiss Fm Rock And Roll, e meus 3.000 contatos.

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